A tecnologia está indo longe demais? Esta é a pergunta que os investigadores do departamento de Inteligência Artificial do Facebook devem estar fazendo. Os "bots" usados para falar com utilizadores criaram uma linguagem própria e o projeto foi mesmo cancelado.
Através de um algoritmo próprio, dois "bots", "Bob" e "Alice", foram deixados conversando livremente com o objetivo de melhorar as suas capacidades. De acordo com o portal "The Next Web", os robôs começaram a desviar-se do assunto criado pelos investigadores, comunicando de uma forma totalmente nova.
LINGUAGEM PRÓPRIA QUE A TECNOLOGIA TINHA CRIADO. |
Mesmo ao nível da capacidade de negociação, que sempre foi o objetivo principal do projeto, há registros que surpreenderam os responsáveis do Facebook. Depois de aprenderem a negociar os dois "bots" começaram mesmo a fazer bluff, fingindo interesse num determinado objeto para conseguir o que realmente pretendiam.
A rápida evolução determinou fim do projeto. Os avanços, que à primeira vista poderiam ser compreendidos com algo positivo, deixaram os responsáveis pelo projeto alarmados.
O problema é que os resultados demonstram que quando um sistema de inteligência artificial cria uma linguagem própria, mais difícil de compreender por parte dos humanos, torna-se mais complicado o seu desenvolvimento e adoção.
Basicamente, se a inteligência artificial quiser passar a ser impossível a comunicarmos com ela, já que o programador perde o controle do objeto criado. Assim, o Facebook decidiu apagar este mesmo sistema antes de perder o controle total. O próprio Google foi obrigado a fazer o mesmo num teste semelhante.
Em 2016, o Facebook abriu o "Messenger" a quem quisesse criar "chatbots", para que a experiência entre clientes e consumidores fosse mais direta e rápida. Em Portugal, o El Corte Inglés e a L"Óreal, são das empresas mais ativas a este nível.
Fonte: cbsi
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