Pesquisadores da Universidade de St. Andrews (Reino Unido) descobriram um enorme anel de galáxias se afastando de nós muito mais rápido do que o previsto.
Este anel com 10 milhões de anos-luz de diâmetro, feito de pequenas galáxias, está se expandindo rapidamente como um minúsculo ‘Big Bang’. A equipe acredita que Andrômeda, nossa galáxia vizinha, uma vez passou muito perto da nossa própria galáxia, criando um efeito estilingue de várias galáxias pequenas.
O Dr. Hongsheng Zhao da Escola de Física e Astronomia, e co-autor do trabalho publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, pela Oxford University Press, disse:
Se a Gravidade de Einstein estivesse correta, nossa galáxia nunca chegaria próxima o suficiente de Andrômeda para esparramar algo tão rápido assim.Se estiver correta, a descoberta forçaria uma nova compreensão da gravidade e do nosso cosmos. Como tal, um voo galáctico aproximado só faria sentindo se a gravidade enfraquecesse mais lentamente à medida que as galáxias se separassem, do que a ciência de tendência predominante sugere.
Indranil Banik, aluno PhD que liderou o estudo, disse:
A distribuição similar a um anel é muito peculiar. Estas pequenas galáxias são como um fio de gotas de chuva espirradas para fora de um guarda-chuvas que estava girando. Descobri que quase nem há uma chance de 1 em 640 para galáxias aleatoriamente distribuídas se alinharem desta forma observada. Tracei suas origens a um evento dinâmico, quando o Universo tinha somente metade da idade que tem hoje.Esta onda similar a um tsunami no céu provavelmente foi causada pelo quase choque da galáxia Andrômeda com a nossa galáxia, a Via-Láctea. As duas enormes galáxias sempre orbitam uma à outra num plano e teria esparramado galáxias anãs pelos suas trajetórias, talvez explicando porque as galáxias anãs se afastando em alta velocidade estão no mesmo plano da Via Láctea e da Andrômeda.
Banik adicionou:
No paradigma da gravidade de Einstein, a hipotética matéria escura sempre é convocada. Tal alta velocidade requer 60 vezes mais massa do que vemos nas estrelas da Via Láctea e da Andrômeda. Porém, a fricção entre suas enormes auréolas de matéria escura resultaria na união delas, ao invés de se separarem a 2,5 milhões de anos-luz, como elas devem ter feito.Marcel Pawlowski, da Universidade da Califórnia em Irvine, o qual estimulou a descoberta de Banik, disse:
A ciência progride através dos desafios. Junto com outros planos conhecidos de satélites, este gigantesco anel forma um sério desafio para o paradigma padrão.Atualmente o Dr. Zhao está se inscrevendo para um financiamento da UK Science and Technology Facilities Council, a fim de dar continuidade ao seu trabalho com simulações detalhadas da origem do anel e de nossas galáxias vizinhas, com gravidade alternativa.
Fonte: OVNIHoje
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