No dia 17 de março de 2016, o astrônomo amador Gerrit Kernbauer, de Mödling, na Áustria, estava filmando Júpiter com seu telescópio de 200mm. Isso é uma técnica muito comum para se obter imagens fantásticas (ao empilhar todos os frames do vídeo e criar uma única fotografia). Mas ele filmou algo inesperado!
Era exatamente 00:18:33 (UTC) quando um pequeno flash iluminou a borda do gigante. Gerrit tinha acabado de registrar um impacto de um asteroide ou de um cometa no planeta Júpiter!
Pode não parecer muita coisa, mas comparado com o tamanho do planeta, o brilho foi muito grande, quase do tamanho da Terra! Poderia ser apenas algum tipo de turbulência ou reflexo durante sua observação, se não fosse pelas imagens feitas por um segundo observador, que estava filmando Júpiter exatamente no mesmo instante:
Essa segunda filmagem foi feita por John McKeon, utilizando um telescópio de 280mm de abertura em Dublin, na Irlanda. Separados por centenas de quilômetros, os dois observadores registraram o mesmo evento, e aí que veio a confirmação: um objeto realmente colidiu com Júpiter!
Um asteroide ou um cometa?
Não se sabe se a colisão foi causada por um asteroide ou um cometa. Poderia ser qualquer objeto com algumas dezenas de metros. Logo vem a pergunta: -"Se o objeto era tão pequeno, porque o flash foi tão grande comparado com o planeta?"
Segundo o astrônomo Phil Plait, o brilho e a luz registrada condiz com um objeto de algumas dezenas de metros, isso porque o grande poder gravitacional de Júpiter faz com que os objetos colidam com o gigante cerca de 5 vezes mais rápido, liberando 25 vezes mais energia do que aqueles que colidem com a Terra. "A energia liberada em um impacto depende da massa, portanto o dobro da massa, o dobro da energia", comenta Phil Plait. "Mas a velocidade é ainda mais importante, pois o dobro da velocidade, gera o quádruplo de energia."
O asteroide de Chelyabinsk, por exemplo, tinha 19 metros de diâmetro e liberou uma energia de 500.000 toneladas de TNT. Se fosse em Júpiter, esse mesmo asteroide estaria pelo menos 5 vezes mais rápido. "Agora multiplique isso por 25 e veja que o objeto não precisa ser tão grande para avistarmos daqui da Terra."
A velocidades muito altas, atingir a atmosfera de um planeta é como colidir contra uma parede firme, o que causa muitas vezes, a explosão do objeto no ar.
Júpiter é atingido frequentemente por asteroides e cometas, e impactos como esse são registrados de tempos em tempos. O mais famosos foi a sequência de impactos do cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994, quando o poder gravitacional de Júpiter quebrou o cometa em 12 partes, e 5 grandes explosões foram observadas. No vídeo abaixo, veja o primeiro impacto da sequência:
A sequência de impactos do cometa Shoemaker-Levy 9 deixou algumas cicatrizes no hemisfério sul do planeta, como vemos na imagem abaixo:
Manchas na atmosfera de Júpiter causadas pelos impactos de Shoemaker-Levy 9.
Créditos: Hubble / Wikimedia Commons |
Em junho de 2010 um asteroide colidiu com o gigante Júpiter, e foi registrado em uma imagem colorida:
Créditos: Anthony Wesley |
Já pensou se um cometa parecido com esse vinhese em curso de colisão com a terra? e ai???
Graças a Deus o nosso defensor no sistema solar chama-se Júpiter, pois seu vasto tamanho e sua imensa força de atração gravitacional nos defende destes corpos celestes puxando-os para si o que poderiam estar vindo para nos.
Fonte: Galeria do meteorito.
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